HISTÓRICO
Em 22 de Maio de 1935 foi inaugurada colônia e o Hospital-Colônia
Dr. Pedro Fontes, para abrigar os portadores de Hanseníase no Estado. A colônia
compunha junto com o Preventório e o Dispensário, o tripé sanitário de controle
da doença.
O leprosário tinha a função de separar os portadores de hanseníase
dos indivíduos considerados sadios, já os preventórios atendiam os filhos que
nasciam na instituição, separando-os dos pais para evitar o contato.
O dispensário tinha o objetivo de prevenir novos casos, por meio
do controle dos comunicantes.Durante muitos anos os doentes leprosos do Estado foram “caçados” pela Polícia Sanitária e isolados obrigatoriamente.
“Colônia de Itanhenga.Construída pelo governo do estado emcooperação com o governo federal.Inaugurado o 1º grupo de construcçoes(13 prédios) em 22 de Maio de 1935.Inaugurado o 2º grupo de construcçoes(52 prédios) em 11 de Abriu de 1937. “
O entendimento das autoridades, neste período, era de que esta
política de controle vinha para “salvaguardar” a coletividade.
A colônia abrigava, nos pavilhões, os solteiros, separados segundo
o sexo, e as casas destinadas aos casados, sempre sobre vigilância de guardas
para evitar fugas.
A perda da liberdade de ir e vir, a separação dos familiares e de
outras relações afetivas eram as marcas da política da época que junto com as
graves incapacidades físicas dos pacientes repercutiram de forma negativa na
identidade do portador de hanseníase e na forma de enfrentamento da doença pela
sociedade.
Essa política, cuja base era isolar o portador de hanseníase para
proteger a população sadia, foi revogada em 7 de maio de 1962, apesar de ainda
ter perdurado no ES como prática até a publicação, e 1976, pelo Ministério da
Saúde, que estabeleceu o tratamento ambulatorial dos portadores de hanseníase.
A partir dessa nova política, tiveram início as altas dos pacientes
moradores dos hospitais-colônia, sendo que no ES, esse processo de
des-hospitalização teve como princípio re-inserir os pacientes em suas famílias
de origem e, vários deles, por não terem mais esse vínculo, permaneceram
institucionalizados.
E assim, surgiu a Colônia Pedro Fontes, hoje sendo composta por
191 moradores, dos quais apenas 55 são os que foram submetidos à política de
isolamento compulsório.
Além disso, também inaugurou o tratamento ambulatorial, estimulou
a manutenção da unidade familiar e a reintegração social do paciente.
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