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segunda-feira, 30 de setembro de 2013

MAPAS



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INVENTÁRIO



ICONOGRAFIA HISTÓRICA
Depois da revolução de 30, ano em que se instalou o movimento revolucionário, remete o Dr. Pedro fontes ao então interventor Federal, memorial no qual, relatando o grave problema da lepra no Estado, sugere providencias para solucioná-lo dentre as quais a necessidade de instalação de um leprosário-colônia.

Tendo à frente, ainda, o Dr. Pedro fontes no prosseguimento da luta contra a lepra no estado, mediante convênio celebrado com o governo federal, é iniciado em março de 1934, a construção do leprosário-colônia, na localidade denominada Itanhenga, município de Cariacica ,inaugurado parcialmente em 22 de maio de 1935,como parte da comemoração dos festejos do 4º Centenário da colonização do Solo Espírito-santense. A inauguração definitiva só veio a ocorrer em 11 de abril de 1937. 

Foto da inauguração/ Publicação da revista Vida Capixaba de 1935

Sobre a desapropriação do terreno
No livro-resumo histórico de Cariacica, cita que a escolha do local para a instalação, ocorreu primeiramente com a indicação do médico baiano Dr. Pedro fontes.

A princípio o objetivo do estado era focalizar a extensão da área desapropriada que abrange na região 1.200 hectares acrescidos depois de mais 380, perfazendo um total de 1.580, dentro do território municipal de Cariacica.

Área da desapropriação.http://www.maps.google.com.br- Acesso em: 20/09/2013
Casarão antigo da fazenda de Santana. Fonte : Arquivo
Foto atual da fazenda de Santana, onde teve sua desapropriação em mais de 200 hectares.

TRANSFORMAÇÕES

Foto de época - Arquivo do Instituto Jones dos santos Neves.
Vista dos pavilhões em 2013 - Fonte: Arquivo
Vila dos parentes de internos,de 1937.Arquivo do Instituto Jones dos santos Neves.
Vista dos moradias dos antigos internos em 2013 - Fonte: Arquivo
Vista dos moradias dos antigos internos em 2013 - Fonte: Arquivo
Vista dos moradias dos antigos internos em 2013 - Fonte: Arquivo
Foto dos pavilhões em 1935. Fonte: Acervo digital Prefeitura de Cariacica
Vista dos pavilhões em 2013 -http://www.maps.google.com.br- Acesso em: 20/09/2013

sábado, 28 de setembro de 2013

A VISITA

Visita da turma de Arquitetura e Urbanismo da faculdade MULTIVIX.

A visita aconteceu no dia 15 de Setembro de 2013.


Rua principal de Pedro Fontes. Fonte: Arquivo
Refeitório Fonte: Arquivo
Entrevista com moradores Fonte: Arquivo
Entrevista com moradores Fonte: Arquivo
Um dos pavilhão Fonte: Arquivo
Entrevista com moradores Fonte: Arquivo
Entrevista com filhos dos antigos moradores Fonte: Arquivo
Entrega de brinquedos para as crianças e doentes da comunidade Fonte: Arquivo
Entrega de brinquedos para as crianças e doentes da comunidade Fonte: Arquivo
Entrega de brinquedos para as crianças e doentes da comunidade Fonte: Arquivo



ABANDONO

O descaso com a comunidade e com seus moradores é grande.

A sensação que se tem ao frequentar a colônia é que a ditadura imposta aos moradores e pacientes por anos continua a oprimi-los.
Nenhum morador soube nos informar a última vez que um dos prefeitos ou líderes governamentais esteve na região.

Esse descaso acaba refletindo em alguns serviços básicos e construções que deveriam estar protegidas legalmente pela sua importância, como a capela e o centro clínico e cirúrgico que viraram abrigos de animais e práticas ilícitas e o cemitério quase oculto pela vegetação.

Importante porém esquecida, Pedro Fontes continua entregue ao descaso dos "responsáveis."
Antiga capela da colônia 2013. Fonte: Arquivo
Fachada da Antiga capela da colônia 2013. Fonte: Arquivo
Interior da capela 2013. Fonte: Arquivo
Altar destruído da capela 2013. Fonte: Arquivo
Cemitério da comunidade 2013. Fonte: Arquivo
Cemitério da comunidade 2013. Fonte: Arquivo
Cemitério da comunidade 2013. Fonte: Arquivo
Cemitério da comunidade 2013. Fonte: Arquivo
Casarão antigo da fazenda de Santana 2013. Fonte : Arquivo
Casarão antigo da fazenda de Santana 2013. Fonte : Arquivo
Casarão antigo da fazenda de Santana 2013. Fonte : Arquivo
Centro clínico e cirúrgico 2013. Fonte : Arquivo
Centro clínico e cirúrgico 2013. Fonte : Arquivo

BIBLIOGRAFIA

Como existe uma grande escassez de informações da época da inauguração do hospital e colônia de Pedro Fontes na internet, recomendamos as bibliotecas públicas.


Em especial indicamos o livro Cariacica - Resumo histórico, do autor Omyr Leal Bezerra.



OUTRAS REFERENCIAS

SANGI, Kelly C.C.; MIRANDA, Luciana F. de; SPINDOLA, Thelma; LEÃO, Ana Maria M. Hanseníase e Estado Reacional: história de vida de pessoas acometidas. Revista Enfermagem UFRJ, Rio de Janeiro, 2009 abr/jun, p. 209-2014.

SANTOS, Vicente S.M. dos. Pesquisa documental sobre a história da hanseníase no Brasil. História, Ciências, Saúde – Manguinhos, vol. 10: (suplemento 1) p. 415-426, 2003.

TODOROV, Tzetan. A conquista da América: a questão do outro. 2 ed.  São Paulo: Martins Fontes, 1999. P.22

www.iphan.gov.br

Entrevista com antigo interno da colônia de Pedro Fontes.



sexta-feira, 27 de setembro de 2013

quarta-feira, 25 de setembro de 2013

HISTÓRICO


Em 22 de Maio de 1935 foi inaugurada colônia e o Hospital-Colônia Dr. Pedro Fontes, para abrigar os portadores de Hanseníase no Estado. A colônia compunha junto com o Preventório e o Dispensário, o tripé sanitário de controle da doença.

O leprosário tinha a função de separar os portadores de hanseníase dos indivíduos considerados sadios, já os preventórios atendiam os filhos que nasciam na instituição, separando-os dos pais para evitar o contato.

O dispensário tinha o objetivo de prevenir novos casos, por meio do controle dos comunicantes.Durante muitos anos os doentes leprosos do Estado foram “caçados” pela Polícia Sanitária e isolados obrigatoriamente.

Marco de inauguração da colônia.
“Colônia de Itanhenga.
Construída pelo governo do estado em
cooperação com o governo federal.
Inaugurado o 1º grupo de construcçoes
(13 prédios) em 22 de Maio de 1935.
Inaugurado o 2º grupo de construcçoes
(52 prédios) em 11 de Abriu de 1937. “










O entendimento das autoridades, neste período, era de que esta política de controle vinha para “salvaguardar” a coletividade.

A colônia abrigava, nos pavilhões, os solteiros, separados segundo o sexo, e as casas destinadas aos casados, sempre sobre vigilância de guardas para evitar fugas.

A perda da liberdade de ir e vir, a separação dos familiares e de outras relações afetivas eram as marcas da política da época que junto com as graves incapacidades físicas dos pacientes repercutiram de forma negativa na identidade do portador de hanseníase e na forma de enfrentamento da doença pela sociedade.

Essa política, cuja base era isolar o portador de hanseníase para proteger a população sadia, foi revogada em 7 de maio de 1962, apesar de ainda ter perdurado no ES como prática até a publicação, e 1976, pelo Ministério da Saúde, que estabeleceu o tratamento ambulatorial dos portadores de hanseníase.

A partir dessa nova política, tiveram início as altas dos pacientes moradores dos hospitais-colônia, sendo que no ES, esse processo de des-hospitalização teve como princípio re-inserir os pacientes em suas famílias de origem e, vários deles, por não terem mais esse vínculo, permaneceram institucionalizados.

E assim, surgiu a Colônia Pedro Fontes, hoje sendo composta por 191 moradores, dos quais apenas 55 são os que foram submetidos à política de isolamento compulsório.


Além disso, também inaugurou o tratamento ambulatorial, estimulou a manutenção da unidade familiar e a reintegração social do paciente.