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quarta-feira, 25 de setembro de 2013

HISTÓRICO


Em 22 de Maio de 1935 foi inaugurada colônia e o Hospital-Colônia Dr. Pedro Fontes, para abrigar os portadores de Hanseníase no Estado. A colônia compunha junto com o Preventório e o Dispensário, o tripé sanitário de controle da doença.

O leprosário tinha a função de separar os portadores de hanseníase dos indivíduos considerados sadios, já os preventórios atendiam os filhos que nasciam na instituição, separando-os dos pais para evitar o contato.

O dispensário tinha o objetivo de prevenir novos casos, por meio do controle dos comunicantes.Durante muitos anos os doentes leprosos do Estado foram “caçados” pela Polícia Sanitária e isolados obrigatoriamente.

Marco de inauguração da colônia.
“Colônia de Itanhenga.
Construída pelo governo do estado em
cooperação com o governo federal.
Inaugurado o 1º grupo de construcçoes
(13 prédios) em 22 de Maio de 1935.
Inaugurado o 2º grupo de construcçoes
(52 prédios) em 11 de Abriu de 1937. “










O entendimento das autoridades, neste período, era de que esta política de controle vinha para “salvaguardar” a coletividade.

A colônia abrigava, nos pavilhões, os solteiros, separados segundo o sexo, e as casas destinadas aos casados, sempre sobre vigilância de guardas para evitar fugas.

A perda da liberdade de ir e vir, a separação dos familiares e de outras relações afetivas eram as marcas da política da época que junto com as graves incapacidades físicas dos pacientes repercutiram de forma negativa na identidade do portador de hanseníase e na forma de enfrentamento da doença pela sociedade.

Essa política, cuja base era isolar o portador de hanseníase para proteger a população sadia, foi revogada em 7 de maio de 1962, apesar de ainda ter perdurado no ES como prática até a publicação, e 1976, pelo Ministério da Saúde, que estabeleceu o tratamento ambulatorial dos portadores de hanseníase.

A partir dessa nova política, tiveram início as altas dos pacientes moradores dos hospitais-colônia, sendo que no ES, esse processo de des-hospitalização teve como princípio re-inserir os pacientes em suas famílias de origem e, vários deles, por não terem mais esse vínculo, permaneceram institucionalizados.

E assim, surgiu a Colônia Pedro Fontes, hoje sendo composta por 191 moradores, dos quais apenas 55 são os que foram submetidos à política de isolamento compulsório.


Além disso, também inaugurou o tratamento ambulatorial, estimulou a manutenção da unidade familiar e a reintegração social do paciente. 

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